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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Batismo com o Espírito Santo e com fogo

Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Lucas 3.16

Este é um texto muito conhecido e pregado, em especial no meio pentecostal, por esta razão, é um dos textos mais discutidos tanto por pentecostais quanto por cessacionistas.

Os pentecostais, em geral, defendem que o batismo com o Espírito Santo e com fogo é o mesmo batismo, enquanto que os cessacionistas defendem que se refere a dois batismos, sendo um com o Espírito Santo e outro com fogo; nesta visão, o batismo com o Espírito Santo é o que ocorreu no dia de pentecostes, e o batismo com fogo, é o fogo do juizo divino sobre os ímpios.

Vejamos portanto cada um dos textos nos evangelhos no mesmo episódio para fazermos uma breve análise:

E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. Mateus 3:10-12

E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.
Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo. 
Marcos 1:7,8

Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. Lucas 3:16,17

E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. João 1:33

Os textos pedem uma análise profunda, pois dois deles falam sobre o fogo, e outros dois, não, alem do mais, os que falam sobre o fogo, falam também sobre o juízo, o que leva ao entendimento de que o fogo é justamente o juízo.

Entretanto não podemos definir algo sem que antes tenhamos analisado todas as possibilidades.

O entendimento de que os textos que falam de fogo, falam de juízo, são um entendimento que encontra respaldo, especialmente pela ausência tanto do fogo quanto do juízo nos outros textos, mas que também encontra dificuldades:

Dificuldade gramatical:

O texto diz assim: "ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo"

O que no português é traduzido como "e" é no português um conjunção, assim como no grego, língua de escrita do Novo Testamento; a conjunção alí é: Kai (gr. και) que pode ser traduzida como: "e" "também"; "ainda"; ou até mesmo "a saber"; por ser um a conjunção, não permite separar o "Espírito Santo" do "fogo"; mas os trata como coisas inseparáveis.

Para separar o Espírito Santo do fogo, seria necessário uma partícula disjuntiva, ou seja, uma disjunção, o oposto de uma conjunção, que seria "ou" (gr. ή).

Traduzir uma conjunção como uma disjunção, é uma agressão horrenda ao texto; sabemos que existem as variantes textuais, mas uma palavra ou partícula não pode ter simultaneamente sentidos oposto, no máximo mais ou menos elevados, mas nunca opostos; sendo assim, a tradução "com o Espírito Santo OU com fogo" é uma aberração linguística.

Dificuldade contextual:

Analisando exclusivamente os textos que falam tanto de juízo como de fogo, precisamos entender o que cada coisa representaria sob esta visão:

O batismo no Espírito Santo é o que o texto bíblico diz que ele é; um revestimento de poder (Lc. 24.49).

O batismo de fogo seria o derramar do juízo de Deus.

O trigo separado e posto num celeiro, é a salvação.

A palha separada e lançada no fogo é a condenação.

Se os textos tratassem do fogo como juízo, eles teriam que ser um paralelismo antitético, ou seja, batismo no Espírito deveria ser o equivalente a salvação da frase seguinte, a saber, o recolher o trigo no celeiro; enquanto que o fogo deveria ser o equivalente ao queimar da palha.

O problema se dá, exatamente porque o batismo no Espírito Santo não é equivalente a salvação, conclui-se portanto que o fogo também não é juízo.

Dificuldade escriturística:

Nunca na bíblia, a palavra batismo é usada pra se referir a julgamento, mas sempre preparação, com objetivo de purificar e colocar em uma nova etapa de vida.

Dificuldade quanto ao público alvo:

Segundo este pensamento, o público alvo de Jesus ali eram os líderes religiosos de Israel, que vinham pra ser batizados por ele, mas João disse: "...ele VOS batizará..." será que os líderes seriam batizados com o Espírito Santo?

O Texto de Lucas porém, mostra que não eram exclusivamente os líderes religiosos, pois afirma que "...o povo estava em grande expectação se ele seria o Cristo" João disse a TODOS... "eu vos batizo com água..."

Isso mostra que ali se referia a uma promessa, mas como disse em João 7:38, só receberia o Espírito Santo quem cresse em Jesus, pois tal promessa diz respeito a todos, basta somente que se arrependam e salvem-se da perversa geração (At. 2:38-41)

UM ÚNICO BATISMO

Por outro lado, a visão de que o batismo no Espírito e fogo são um só, sofre também com a ausência tanto do fogo quanto do juízo nos outros textos, mas que pode ser explicado da seguinte maneira:

Os livros de Mateus e Lucas são livros que pretendem ser mais completos, pois Mateus é escrito para os judeus, e Lucas para um grego, Teófilo; enquanto que Marcos e João são menos explicativos, pois Marcos foi escrito para os romanos, que em sua maioria não eram dados a leitura, e João tinha como objetivo mostrar que Jesus era o Cristo, e não enumera de forma sistemática suas ações.

Porque motivo então, João inseriria esta fala no meio de um contexto de juízo?

Resposta: Porque o assunto central alí era ele, segundo o livro de João, estavam questionando se ele era o Cristo, ele então mostra que o Cristo é mais poderoso do que ele, e que enquanto ele batiza com água, Jesus batizaria com o Espírito Santo. 

Concluímos pois que O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO E COM FOGO É EXATAMENTE A MESMA COISA, pois as línguas que foram repartidas e pousaram sobre os díscipulos tinham um formato de fogo, mostrando que o Espírito Santo, mesmo tendo descido sobre Jesus em formato de pomba, desceu sobre os discípulos em formato de fogo, pois o fogo é para a purificação, e Jesus tendo vivido sempre sem pecado, não precisaria de tal fogo purificador.

sábado, 9 de março de 2019

Devo ser dizimista?

         Este questionamento tem crescido vertical e horizontalmente com o avanço dos estudos teológicos, a melhoria na compreensão das Escrituras e a agilidade na informação.
         
         Geralmente se pergunta isto por causa do texto de Malaquias que diz que os que não dão os dízimos estão "roubando a Deus". (Ml. 3:8-11) 

         Com um texto como este, lido de forma irresponsável, todo e qualquer cristão, que tem o desejo de agradar a Deus e de fugir do pecado, se tornará dizimista, quase sempre pelo medo de desagradar a Deus; a questão é: SERIA ESTE MEDO UM SENTIMENTO CRISTÃO?

         "no amor não existe receio; antes o perfeito amor lança fora todo medo.
          Ora, o medo pressupões punição, e aquele que o tem não está aperfeiçoado em amor." (1Jo. 4:18)

         Não que este texto tenha ligação sermônica ou contextual, mas o utilizo para ilustrar que um crente que sente pavor ao pensar na possibilidade de ser lançado no inferno por causa do não pagamento de um dízimo, fatalmente não está aperfeiçoado no amor de Deus, pois "Deus é Amor" (1 Jo. 4:8)
          
         A primeira coisa que devemos analisar é o contexto sócio-religioso de Israel, em especial na época de Malaquias; os trabalhadores do templo, sacerdotes e levitas, estavam passando privação por causa da escusa do povo judeu em dar-lhes os dízimos a que tinham direito, consequentemente o serviço sagrado era prejudicado. então o profeta usado por Deus os repreende e fá-los entender que ao roubarem o que era direito dos sacerdotes e levitas segundo a Lei, estavam roubando ao próprio Deus, à semelhança disto, quando Saulo perseguia a igreja de Cristo, perseguia o próprio Cristo.

        A origem dos dízimos remonta a um tempo em muito distante ao do próprio Moisés e ainda mais ao dos judeus de 430aC.; esta forma de contribuição é registrada na bíblia pela primeira vez quando Abraão, o patriarca da fé, deu a Melquisedeque, rei de Salém e Sacerdote do Deus Altíssimo, os dízimos dos despojos de guerra; a questão aqui, não é o fato de Abraão tê-lo feito, pois ao que parece, era um ato comum, mas a motivação que Abraão tivera para o fazer; é muito importante entender que ao dar os dízimos a Melquisedeque, Abraão reconhecia ali sua autoridade sacerdotal pela palavra de benção que o mesmo enunciou:

 "Bendito seja Abraão pelo Deus Altíssimo, possuidor do céu e da terra, e bendito seja o Deus Altíssimo que entregou os teus inimigos nas tuas mãos" (Gn. 14:19,20); 

        Após ser abençoado, Abraão deu a Melquisedeque os dízimos dos despojos (Gn 14:20 cf. Hb. 7:4)

       Consideremos que não estamos no mesmo contexto sócio-religioso, e nem mesmo debaixo da mesma Lei que regia o povo judeu, mas sob uma nova dispensação, em uma nova Aliança, aliança esta que em nenhum texto neo-testamentário se ensina indubitavelmente como ordenança a doação de dízimos, mas enfatiza o amor cristão e a fidelidade ao Deus Altíssimo.

       Consideremos ainda que Abraão também não estava sob a Lei, visto que a Lei só veio 430 anos depois de Abraão (Gl. 3:17); além de não haver um sistema sacerdotal entre os hebreus; ainda assim Abraão reconheceu a autoridade sacerdotal de Melquisedeque.

       Prefiro não fundamentar doutrinas e costumes em tipos, por isso, mesmo sabendo que a personagem Melquisedeque é o mais emblemático tipo de Cristo, e que este seria um excelente argumento para colocar como que Abraão reconhecendo a autoridade de Melquisedeque como figura daquele que havia de vir, prefiro me ater a fatos mais concretos.

      Melquisedeque é chamado de "Kohen de El' Elyon" "Sacerdote do Deus Altíssimo", isto lhe conferia autoridade espiritual sobre qualquer um que reconhecesse o Deus de Abraão como o "Deus Altíssimo", por esta razão Abraão lhe deu o dizimo dos despojos.

      Portanto, não devemos dar dízimos sob a perspectiva mosaica, pois esta é baseada em obrigatoriedade sócio-religiosa; mas reconhecendo a autoridade do Sacerdote Eterno, o Senhor Jesus Cristo, e a importância da expansão do Reino do Deus Altíssimo, possamos contribuir voluntária e alegremente.

       Ser dizimista não deve ser visto como um peso, mas como um privilégio de poder contribuir para o avanço do Reino de Deus; não busco base bíblica para a obrigatoriedade dos dízimos à igreja, pois elas são facilmente refutáveis, mesmo porque não considero que a igreja tenha tal obrigação, apenas aceito como válido desde que o cristão não seja compelido pelo medo de ser taxado pelo próprio Deus de ladrão, mas pelo desejo de agradar aquele que nos chamou, contribuindo regularmente para o avanço de sua obra.      


         "no amor não existe receio; antes o perfeito amor lança fora todo medo. Ora, o medo pressupões punição, e aquele que o tem não está aperfeiçoado em amor." (1Jo. 4:18)

sábado, 20 de outubro de 2018

AS LÍNGUAS DE ATOS 2

             Há uma confusão inimaginável entre os cristãos, quer sejam pentecostais, carismáticos continuistas ou cessacionistas; há uma avalanche de informações sobre o que aconteceu em Atos capitulo 2.
         
            Adianto que sou pentecostal, acredito na atualidade do dom de línguas, assim como na atualidade de todos os dons conhecidos como "Dons Espirituais", apenas tenho uma visão diferente (não menos bíblica) em relação aos eventos ali ocorridos.

           Portanto vamos ao texto de Atos capítulo 2 para investigarmos de forma mais minuciosa.


1-E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
2-E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3- E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4-E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5-E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6-E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7-E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
8-Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9-Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
10-E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11-Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12-E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
13-E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
14-Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15-Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

Atos 2:1-15

          Alguns Argumentam, que a língua que eles falavam era a própria língua deles, a linguagem dos galileus, mas os judeus estrangeiros entendiam em suas próprias línguas maternas.

         Esta seria uma boa alternativa, não fosse a ênfase bíblica do mesmo texto, que ao descer sobre eles línguas "como que de fogo" ele começavam a falar em "OUTRAS LÍNGUAS.

         Alguns argumentam ainda que eles falavam as línguas de cada um dos judeus estrangeiros que ali estavam e por isso eles entendiam o que ali era falado, e compreenderam que eles falavam das grandezas de Deus; alguns chegam a dizer que cada grupo falava uma língua, e assim eles compreendiam uns um grupo e outros outros grupos, (ex. o grupo de cretenses entendia o que os crentes que falavam naquela língua, e o grupo de partos, o que os crentes falavam em parto); outros afirmam ainda que eles não falaram simultaneamente, mas que falaram paulatinamente, e por causa disto eles foram compreendendo gradativamente o que era falado; outros argumentam que a expressão "outras línguas" revela que a língua era "outra" pelo fato de existir no planeta.

        Esta vem sendo a posição da esmagadora maioria dos pentecostais e carismáticos, grandes mestres da teologia pentecostal definem assim, entretanto algumas coisas devem ser pontuadas aqui:


1- Se todos os apróx. 120 (Atos 1:15) falavam simultaneamente cerca de 15 idiomas e dialetos diferentes conforme a descrição das nações e povos citados do verso 9 ao 11, como haveria a possibilidade de alguém compreender o que estava sendo dito? a própria experiencia nos mostra que mesmo entre brasileiro, todos falando a mesma língua, quando há aglomeração é praticamente impossível entender o que alguém está falando, como identificariam 6 ou 8 pessoas falando sua língua numa multidão de 120?

2-Os que afirmam que eles não falaram simultaneamente, força o texto bíblico de forma grosseira, pois o texto desde o início mostra que "todos estavam no mesmo lugar", mostra que as línguas pousaram "sobre cada um deles" mostra ainda que "todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas" então esta afirmação é indiscutivelmente incoerente.

3- A expressão outra língua nada tem a ver com outro idioma terreno, e sim com o fato de eles estarem falando línguas que eles não conheciam, pra ser ainda mais incisivo, acrescento que Jesus disse que os que nele cressem falariam "novas línguas"e não "outros idiomas".(cf. Mc. 16:17)
       
           Façamos portanto uma análise do texto de forma mais minuciosa:

     As palavras gregas ali para "falar em outras línguas" é LÁLIEN (falar) HÉTEROS (outras diferentes) GLOSSAS (línguas), não há nenhuma associação direta com XENO LÁLIA (falar estrangeiro), ou com XENO GLOSSIA (estrangeira língua) é apenas falar outra língua diferente, e não necessariamente uma língua humana compreensível em alguma parte do mundo.

     Ao ver que TODOS falavam em outras línguas, os judeus e prosélitos estrangeiros, ajuntaram-se formando uma multidão, e estavam confusos pois "cada um" os ouvia falar em sua própria linguagem ou dialeto. (6,8)
    Perceba que eles ficaram assustados porque CADA UM OS OUVIA falar em sua própria língua; ou seja, cada um dos estrangeiros ouvia os galileus falarem nas linguas em que eles, os estrangeiros eram nascidos; não seria impossível ouvir um ou outro galileu falar outro idioma, mas ali eram muitos idiomas e muitas pessoas falando ao mesmo tempo, sendo assim eles ficaram confusos por saberem que tantos homens na Galiléia falaram outros idiomas.
   
   Notemos que no verso 12, os cristãos eram acusados de estarem cheios de mosto, ou embriagados (12,15), agora uma pergunta, se eles foram acusados de estar embriagados, como eles poderiam estar falando idiomas estrangeiros explicadamente? 

MEU PONTO DE VISTA

     Aqueles cristãos receberam o poder do alto, a unção do Espírito, e falaram outras línguas vindas de Deus, um som sem sentido aparente, o mesmo fenômeno que nós pentecostais, carismáticos e continuístas experimentamos diuturnamente, mas aquele foi um evento duplo, o mesmo Espírito que concedia as línguas aos falantes, fazia com que os ouvintes, tementes a Deus e interessados no que viam e ouviam, entendessem em seus próprios idiomas, desta forma, inverte o evento de Babel, pois se lá idiomas diferentes causaram confusão, aqui, uma "nova língua" os une pelo vínculo do Espírito.

    Portanto o que torna o evento de Atos 2 único, não é outro fato senão o de que Deus concedeu não apenas o poder de falar outras línguas, mas principalmente fazer com que ou ouvintes entendessem em suas próprias línguas.

    Entretanto em 1 Cor. 14:2, Paulo usa a expressão (LÁLIEN GLOSSIA  = GLOSSOLÁLIA) ou seja: falar em línguas, o que em nada exige que seja algo diferente das línguas de Atos 2.

Obs. Não acho correto usar as palavras, Xenolália (falar estranho) ou Xenoglossia (língua estrangeira), neste episódio, pois ele não fornece nenhuma destas; prefiro a palavra HÉTEROSGLOSSIA, (outra língua) pois é ela que está no texto.
Não descarto porém a possibilidade de o Espírito fornecer uma língua estrangeira, mas este definitivamente não é um caso de Xenolalia ou Xenoglossia.



E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

Atos 2:1-15
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

Atos 2:1-15
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.

Atos 2:1-15

quarta-feira, 11 de julho de 2018

PORQUE ME DESAMPARASTE?

As palavras citadas por Jesus nos levam a alguns questionamentos:

1-Porque Deus abandonou a Jesus ?
2-Deus de fato o abandonou?

Alguns defendem que Deus abandonou Jesus porque Ele recebeu os pecados de toda a humanidade, e como o pecado separa o homem de Deus, Deus separou-se de Cristo porque Este "recebeu em seu corpo" os pecados da humanidade.

Algumas coisas precisam ser pontuadas aqui.

1- Jesus recebeu os pecados da Humanidade?

Não, Jesus carregou "sobre si" a culpa pelos pecados para que a justiça de Deus fosse cumprida nEle, os pecados da humanidade não estavam "nEle" e sim "sobre Ele". (Rm. 5:13, Is. 53:4,5)

2-O pecado separa o homem de Deus?

Sim, separa, mas o que separa o homem de Deus são as iniquidades (pecados cometidos) e esta  separação é a  morte espiritual, Cristo não cometeu nenhum pecado, sendo assim não morreu espiritualmente, para que isto acontecesse Ele precisaria "se tornar" pecador, o que é definitivamente um erro grotesco, pois se assim o fosse Ele não serviria como sacrifício perfeito.

Entendo que Deus não abandonou a Jesus, porque?

1-O Próprio Jesus disse que o Pai não o abandonaria (João 16:32) (o texto é um particípio presente, ação continuada, ou seja, o Pai não me deixou e nem me deixará)

2-Paulo afirmou que Deus estava "EM CRISTO" reconciliando consigo mesmo o mundo (2Cor. 5:19)

*o mesmo Paulo afirma em diversos outros textos que a reconciliação se deu na cruz, na morte do Senhor (Ef. 2:16; Col. 1:20,22; Rm. 5:10) o que significa que naquele exato momento "DEUS ESTAVA EM CRISTO".

Como então devemos entender este texto?

O texto de Mateus 27:46 e Marcos 15:34, trata-se de uma citação do salmo 22:1, neste salmo Davi estava se sentindo desamparado por Deus e se expressa assim no início, mas no decorrer do salmo, ele vai profetizando os sofrimentos do Messias e ensina no mesmo salmo no verso 24 que Deus não despreza o aflito nem esconde o rosto do angustiado.

Cristo estava remetendo os judeus ao salmo 22 para que eles compreendessem por meio dos vaticínios que Ele era o Cristo, pois todos os sofrimentos previstos para o Messias naquele salmo  cumpriam-se fielmente nEle.

Portanto é uma afirmação errônea dizer que Deus abandonou a Jesus, ou se afastou dEle por qualquer que seja o motivo.
 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Jesus poderia ter pecado?


Esta é uma pergunta que divide os Cristãos desde sempre, pois existem verdades absolutas nas Escrituras e na teologia que favorecem ambas as visões, ou seja, tanto os que vêem a possibilidade  quanto os que vêem a impossibilidade de Jesus ter pecado.

Observe que não estamos discutindo se Jesus pecou ou não pecou, as Escrituras são claras em afirmar que Ele de fato nunca pecou; a discussão é se Ele era capaz ou incapaz de pecar

Os que vêem a impossibilidade embasam-se nas seguintes premissas:

*Jesus era plenamente humano e plenamente divino, portanto se sua natureza humana pudesse pecar, sua natureza divina o impediria.

*Se Jesus pudesse pecar quando encarnado, ele também pode pecar hoje, pois as duas essências de Sua natureza estão presentes ainda hoje.

*As Escrituras veterotestamentárias  afirmam que o Messias não pecaria, então Ele não poderia ter pecado de forma alguma.

 *Jesus não tinha a natureza pecaminosa, por esta razão não pecaria.


Objeções:

*Jesus era plenamente humano e plenamente divino, portanto se sua natureza humana pudesse pecar, sua natureza divina o impediria.

Que Jesus era plenamente humano é fato, e que Jesus era plenamente Divino também é fato, mas afirmar que esta é uma das razões que o incapacitavam a pecar, é no mínimo curioso, pois mesmo sendo plenamente divino Ele teve fome, sede, sono, cansaço, dor, e até morreu, coisas estas impossíveis a Deus; afirmar que ele era incapaz de pecar, equivale a afirmar que ele também era incapaz de sofrer tudo isto, e que todas as vezes que Ele assim o afirmou, não passava de teatro.
É interessante também atentar para as palavras de Paulo aos Filipenses 2:5-11, nas quais ele afirma que Jesus embora subsistindo em forma de Deus"esvaziou-se" a si mesmo assumindo a forma humana, ou seja, Cristo não enfrentou suas tentações como Deus e sim como homem completo, e foi como homem completo que ele venceu, caso contrário nem mesmo seria uma vitória, seria como "um bloco de gesso batendo sobre uma coluna de aço", de maneira alguma o bloco poderia ofendê-la e da mesma sorte não poderíamos considerar uma vitória por parte da coluna de aço. Imagine você sendo tentado a fazer algo que está incapacitado de fazer (Ex. subir em um prédio pelo lado de fora sem o auxílio de nenhuma ferramenta) e depois se considerando vencedor pelo fato de não ter cedido a tentação? se Jesus não pecou porque era Deus Ele não pode se colocar como exemplo a ser seguido, quando Ele diz, "tende bom ânimo, eu venci o mundo" o que estas palavras podem significar pra mim? que sentido tem em eu me espelhar em um homem que era incapaz de errar?
Se Jesus não era igual a mim no sentido de ser capaz de pecar, então Ele definitivamente não pode me servir de exemplo em nada, pois tudo que Ele fez foi porque estava programado para o fazer.


*Se Jesus pudesse pecar quando encarnado, ele também pode pecar hoje, pois as duas essências de Sua natureza estão presentes ainda hoje.

Esta é uma das mais descabidas e falaciosas argumentações em favor da impecabilidade de Cristo, esta observação anula o fato de que Cristo ressurgiu INCORRUPTÍVEL, Ele não pode ser tentado pelo mal, Ele não pode sentir, fome, sede etc; Ele atingiu o ápice do propósito de Deus para o ser humano, afirmar que se Cristo poderia pecar encarnado, o faria capaz de pecar hoje, equivale a afirmar que quando formos incorruptibilizados para vivermos na eternidade, também seremos capazes de pecar, isto é simplesmente ridículo.

*As Escrituras veterotestamentárias  afirmam que o Messias não pecaria, então Ele não poderia ter pecado de forma alguma.

Aqui está outra argumentação desprovida de qualquer exegese bíblica; qualquer fala do antigo testamento que afirme que Jesus não pecaria, é constatativa; Deus não correu o risco de Jesus pecar, Ele sabia que Jesus não pecaria, nada foge ao conhecimento eterno de Deus, Ele é ONISCIENTE, sabe de todas as coisas exaustivamente sem necessariamente causar, Ele apenas conhece. Ele anuncia o fim desde o começo; a Bíblia firma no antigo testamento que nenhum dos ossos de Cristo se quebraria, e de fato não quebrou, e daí?, isto é motivo para dizer que seu esqueleto era feito de "adamantium" semelhante ao do Wolverine? é claro que não, os ossos de Jesus podeiram sim ter quebrado, mas as escrituras apontavam que não seriam quebrados; se porém as Escrituras não previssem isto, e seus ossos fossem quebrados, não alterariam em nada no plano salvífico, mas como estava vaticinado, não aconteceu; portanto o pecado impediria que O Cristo subisse ao calvário, entretanto Ele escolheu não pecar, e por esta razão sabe de fato e de verdade o que é tentação e assim nos serve de modelo em tudo, olhemos pois para Ele, o qual sofreu tudo tendo em vista o gozo que lhe estava PROPOSTO.


  *Jesus não tinha a natureza pecaminosa, por esta razão não pecaria.

Este argumento é tão fraco quanto os demais, afirmar isto é o mesmo que afirmar que Adão antes da queda tinha a natureza pecaminosa, é o mesmo que afirmar que Adão foi criado imperfeito e defeituoso, e na hora certa apresentou o "defeito de fábrica" .

Adão não tinha a natureza pecaminosa, mas ainda assim caiu, portanto a ausência desta natureza não tornava Jesus imune à queda, apenas o capacitava a resistir ao pecado e ao mundo e ser vitorioso sobre eles.

A conclusão só poderia ser verdadeira se as premissas fossem verdadeiras, mas como as premissas supracitadas são comprovadamente falsas e defeituosas conclui-se que a a conclusão igualmente o é.

Conclusão: Era impossível que Jesus pecasse porque a onisciência de Deus não falha, mas em Sua essência Ele era perfeitamente capaz de pecar, tanto é que foi tentado, e sabe de fato e de verdade o que é tentação, além do mais nos serve de modelo e exemplo em todas as coisas.


sexta-feira, 11 de maio de 2018

Deus tem uma "vontade permissiva"?

            É comum vermos e ouvirmos pessoas dizerem que há em Deus alguns tipos de vontade, tais como: vontade de decreto, vontade soberana, vontade permissiva, dentre outras; na realidade a ideia que se tem criado de soberania em Deus leva muitos a crerem que todas, LITERALMENTE TODAS as coisas que aconteceram, acontecem e acontecerão. estão dentro da vontade de Deus em uma das tais fragmentações desta ou dentro de algumas de suas vontades, caso contrário Sua Soberania está em check.

           Será que isto procede? será que Deus é realmente assim?

           É importante que entendamos que Deus é um ser pessoal, e como tal tem emoções e volições, por esta razão não devemos considerá-lo alheio à tantos acontecimentos no mundo físico, precisamos porém entender que a ideia de fragmentar a vontade de Deus ou dizer que Ele tem mais de uma vontade em um caso específico é contraditório por si mesma.

Exemplo:

"Deus não quer que eu me case com "Francisca" mas eu quero me casar com Francisca; então Deus se vale de sua "vontade permissiva" para permitir que eu me case com Francisca, e ao mesmo tempo Ele não "perder" a Sua Soberania".

           É um argumento falacioso, Deus não tem mais de uma vontade; se Deus tiver mais de uma vontade, Ele é um ser desequilibrado e até mesmo esquizofrênico, visto que Sua vontade é vacilante, além de dar ao homem a soberania, pois se ele quer e eu vou contra Ele e minha vontade prevalece e ele ainda precisa mudar a perspectiva de sua vontade tornando-a permissiva, quem é o soberano, Ele ou o homem quem o fez mudar?

          A vontade de Deus conforme revelada em Sua Palavra é uma só, BOA PERFEITA E AGRADÁVEL (Rm 12:2), o resto é invenção teológica, a soberania de Deus não me impede de fazer o que minha natureza me inclina a fazer, DEUS É SOBERANO, NÃO TIRANO.

          Como pois entender tais coisas acontecendo sem que seja a vontade de Deus?

          Simples, Ele não quer, o homem quer, Ele simplesmente permite, pois a liberdade que Ele SOBERANAMENTE concedeu ao homem é a permissão, ainda que contra sua vontade, para que o homem aja de acordo com suas própria inclinações resistindo-Lhe a vontade.

          Portanto a VONTADE DE DEUS É UMA SÓ.

          Ao invés de usar a expressão equivocadamente criada "VONTADE PERMISSIVA", devemos usar tão somente "PERMISSÃO".



         


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Os Anjos possuem mesmo asas?

         Esta é uma questão muito complexa, para respondermos a esta pergunta precisaremos considerar as referencias bíblicas em relação a anjos tanto no Antigo como no Novo Testamento, precisaremos ainda analisar a questão da necessidade de asas nos anjos à luz da lógica e da razão.

         Se você está lendo este post é porque te surgiu esta dúvida de repente ou porque alguém levantou o questionamento; em qualquer dos casos, é fato que esta dúvida tem tirado o sono de algumas pessoas que têm o interesse em ter mais conhecimento das Escrituras e acreditam nelas incondicionalmente.

        Este é um bom sinal, talvez não antes, mas depois de convertido à Cristo, o agora cristão deve acreditar e confiar na Bíblia tendo-a como regra única de fé e de prática, seguindo os princípios hermenêuticos de que a Bíblia responde a própria Bíblia e a Bíblia não contradiz a si mesma; entretanto é interessante lembrar também que assim como em outras literaturas, na bíblia também existem algumas formas de escrita-leitura-interpretação, Literal, Simbólica, Representativa, Retórica, etc; e isto é imprescindível para que tenhamos uma compreensão mais aprofundada e mais próxima possível da intenção dos autores secundários das Escrituras Sagradas.

Analisando alguns textos

Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.
Isaías 6:2


E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.
Ezequiel 1:5,6


E, quanto às asas dos querubins, o seu comprimento era de vinte côvados; a asa de um deles, de cinco côvados, e tocava na parede da casa; e a outra asa de cinco côvados, e tocava na asa do outro querubim.
2 Crônicas 3:11


E subiu sobre um querubim, e voou; e foi visto sobre as asas do vento.
2 Samuel 22:11


Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.
Salmos 57:1


Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Hebreus 1:14


         Na Visão de Isaias, os Serafins tinham seis asas; na Visão de Ezequeiel os Querubins tinham 4 asas; No relato histórico de 2º Cronicas, os querubins têm duas asas e não quatro como em Ezequiel; Em 2º Samuel é descrito por Davi que Deus "subiu em um querubim e voou" mas em Salmos 57 o próprio Davi diz que Deus tem Asas; e o escritor aos Hebreus diz que os anjo são "ESPÍRITOS MINISTRADORES".

         Devemos lembrar ainda que as mais diversas formas de escrita-leitura-interpretação das Escrituras devem ser observadas aqui; Por se tratar de seres espirituais devemos fazer uma pergunta:

     -Os Seres espirituais estão sujeitos à Lei da gravidade ou esta lei é apenas para o mundo físico?
 
      Acredito estar mais do que claro que não há necessidade por parte dos anjos de possuírem asas principalmente pelo fato de serem seres meramente espirituais e como tais não possuírem corpo físico o que de per si dispensa as asas, pois asas são para voar e dar impulso e equilíbrio no vôo de um ser físico.
       
     Lembremos ainda que por ocasião do arrebatamento seremos transformados e subiremos aos céus ao encontro do Senhor, e não há descrição de que teremos asas; se nós que teremos um corpo físico glorificado, não precisaremos de asas, porque os anjos que nem corpos têm precisariam?

      Conclusão:

      Ao fazer uma análise geral, e por saber que as informações em relação ao assunto são poucas, arrisco dizer que os anjos não necessitam de asas, e não há possibilidade de possuí-las, pois não têm o que equilibrar nos ares.

      ACREDITO que as referencias aos anjos, tanto quanto as referencias à Pessoa de Deus em que são atribuídas asas, sejam meras forças de expressão e figuras de linguagens, mais precisamente ZOOMORFISMO, em que são atribuídas a seres espirituais extra-mundo características animais.
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